O empresário de comunicação Antonio Andrade e Ronaldo Alencar, diretores
da estação de rádio comunitária em Itabaiana, estão anunciando festa
para comemorar os cinco anos da Rádio Comunitária Rainha, no próximo dia
31 de agosto a partir das 20 horas, ao lado da Policlínica, antiga
Casa da Mãe Pobre.

Antes, em 1967, foi inaugurada a Rádio Vitória, invenção de Monteiro,
com apoio dos locutores Carlinhos Veloso, Cardoso e Getúlio Antunes. O
professor e historiador Israel Elídio de Carvalho Filho lembra até da
grade de programação da Rádio Vitória: noticiário pela manhã e à tarde;
dezesseis horas, forró pé-de-serra, depois a resenha esportiva “Bola na
Rede”, encerrando com o programa “Seresteiros da noite”, às 20 horas,
com apresentações ao vivo dos cantores Solon Almeida e Adones Gomes de
França, que depois enveredou pelos caminhos empresariais do jogo do
bicho, tornando-se um magnata desse negócio que mistura reino animal com
loteria.
Mas a pioneira mesmo foi a Rádio Clube de Itabaiana, emissora que
funcionou nos anos 50 na Avenida José Silveira. Seu mentor foi um misto
de policial e artista plástico, Raul Geraldo de Oliveira, coronel da
Polícia Militar, depois professor e dono de colégio. Naquela época,
Itabaiana refletia a cultura pernambucana. A Rádio Clube de Itabaiana
seguia a linha da sua congênere, pelo menos no desenho da grade de
programação, a famosa e também pioneira Rádio Clube de Pernambuco, única
emissora sintonizada pelos itabaianenses naquelas remotas eras.
A equipe da Rádio Clube de Itabaiana contava com Wellington Veloso,
Ismar, Iolanda e Luluta, que animavam os programas de auditório com
quadros de humor e números de calouros. Pessoas que, por assim dizer,
eram 80% fantasia. Caprichos da vontade, sem base alguma em realidade
concreta, porque montar e operar uma rádio naqueles tempos fugia
totalmente ao controle da razão, e só elementos guiados pela paixão e
pelo gosto desmedido seriam capazes de fazer funcionar um empreendimento
desse tipo.
Teve vida breve a Rádio Clube de Itabaiana, semelhante às sucessoras
Rádio Difusora Nazaré, do Ivo Severo, e Rádio Comunitária Vale do
Paraíba, que funcionou apenas no período de um dia, sendo fechada pela
Polícia Federal. A Vale do Paraíba foi a mais efêmera das emissoras
itabaianenses. Antes, um grupo de Pernambuco instalou a Rádio
Itabaiana, também lacrada pela Agência Nacional de Telecomunicações.
fonte: Tribuna do Vale
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