O
senador e pré-candidato ao governo da Paraíba Cássio Cunha Lima (PSDB)
disse nesta sexta-feira, 25, que está preparado para os debates e
afirmou que usa sempre a verdade, ele afirmou que “é necessário saber e
reconhecer que não se cria ou constrói um estado em três anos, é preciso
valorizar o trabalho feito pelas outras pessoas”.
Sobre as alianças que poderão ser
firmadas para as eleições deste ano, Cássio disse que “as discussões
estão em curso e as coisas não são feitas de uma hora para a outra”. Ele
afirmou que há conversas, mas nenhuma decisão foi tomada, “quando se
lança uma candidatura tem que ter sintonia com a sociedade, tem que
ouvir a sociedade”, explicou.
Cássio concedeu entrevista a Rádio
Arapuan e afirmou que durante a sua gestão a frente da administração
estadual fez muitas obras, além de organizar as contas do estado. Ele
citou ainda a valorização da educação com instalação de escolas de
ensino médio e valorização da Universidade Estadual da Paraíba.
Alianças

Ele disse que o presidente do PSDB Ruy
Carneiro é pré-candidato a deputado federal, mas é uma alternativa e
poderá ser candidato a vice-governador na sua chapa, “da mesma forma é o
ex-prefeito Luciano Agra, ele é um bom nome e pode ser candidato a
vice, mas poderá ser candidato a outro cargo eletivo”, destacou.
Ele disse que não esperava o afastamento
de pessoas como o vice-governador Rômulo Gouveia e secretários do
governo Ricardo Coutinho que decidiram seguir ao lado da gestão do PSB.
Cássio disse que existe vida fora da política e afirmou que fará “o
possível para separar isso, a eleição passa e as relações têm que ser
preservadas porque mais do que uma relação de política eu contruí
relações de amizade com muitas pessoas que fazem parte da minha vida. A
essas pessoas sempre a minha gratidão pelo que fizeram no passado e meu
respeito às decisões deles, eu divirjo, mas respeito a desisão deles”.
Ele lamentou o afastamento de aliados
históricos e disse que não tem capacidade de convencimento, já que está
fora do poder, e afirmou que viu Rômulo Gouveia subir cada degrau da
vida pública.
Obras
“Então, se hoje a Paraíba tem um centro
de convenções é importante reconhecer que lá atrás Burity investiu no
Polo turístico da Paraíba e na minha gestão foi dado andamento na
documentação de licença ambiental e projetos para a obra que tem hoje”,
destacou. Cássio citou obras de governadores anteriores e as ações e
obras da atual gestão estadual.
Cássio disse que a Paraíba não aceita
mais e afirmou que “governo não se faz com pedra e cal, mas com diálogo e
compreensão”. Ele foi além e disse que “Na minha concepção não há mais
espaço para o governo do quero, posso e mando” e disse posteriormente
que se referiu ao governador Ricardo Coutinho “que tem problemas de
diálogo”.
Rompimento com o PSB
Cássio disse que havia ideias comuns que
o aproximou de Ricardo em 2010, mas ele não poderia assinar embaixo das
ações do governo três anos depois, quando há muitas divergências. “Há
diferenças profundas, eu não teria como apoiar e assinar embaixo após
três anos de gestão. Meu diálogo com Ricardo era feito na maioria das
vezes sobre assuntos pontuais e através de mensagens”, disse.
Cássio citou que o governador não
chamava os secretários para debater as ações referentes às pastas que
ocupavam, ele disse que o ex-secretário de Planejamento Gustavo Nogueira
participava de reuniões para trazer recursos para a Paraíba, mas,
segundo Cássio, não era chamado para a reunião quando se decidia onde
seriam investidos os recursos “porque neste momento só participavam da
reunião os membros de um núcleo”.
PSDB nas eleições 2014
Sobre o senador Cícero Lucena, ele disse
que houve uma diferença de posição, mas destacou que o senador é “um
quadro extremamente importante para o partido”. Cássio disse que tem um
ponto de vista, “acredito que o PSDB não tem a hegemonia de apresentar
uma chapa puro sangue”, mas deixou no ar que poderia deixar a
pré-candidatura ao governo para Cícero, caso o partido concorde.
Ademais, ele citou vários casos de senadores que disputarão vagas na
Câmara Federal e falou sobre o ex-presidente nacional do PSDB Sérgio
Guerra que disputará vaga de deputado federal.
Indagado se tem uma bancada na
Assembleia Legislativa da Paraíba, ele disse que “a Assembleia não é
formada por golpistas e não pode ser tratada dessa forma”. Ele disse que
os deputados tratam com transparência como é sua função, uma vez que
houve uma análise das contas do governo no Tribunal de Contas e eles têm
apenas que discutir e mostrar à sociedade o que foi feito com o
dinheiro público. “É preciso respeitar a autonomia da Assembleia”,
finalizou.
Comentários
Postar um comentário