
O espaço jamais foi utilizado, mesmo porque várias emendas desfiguraram tanto o projeto que a Tribuna Livre ficou mais para “tribuna controlada”. Só pode falar na tribuna o diretor de entidade representativa da sociedade. O assunto a ser tratado deverá ser comunicado à Mesa da Câmara com antecedência de oito dias e será submetida à prévia aprovação dos vereadores por maioria qualificada de dois terços. Cada orador terá apenas três minutos para expor seu ponto de vista. Se a conversa não agradar aos vereadores, o Presidente da Câmara cassará a palavra do orador, “trazendo a ordem para o recinto”, conforme está escrito na lei.
O objetivo de dar voz às pessoas não poderá ser atingido, diante de tantas obstruções. A tribuna livre ficou apenas na intenção do autor do projeto e jamais se concretizou como um canal de aproximação do Poder Legislativo Municipal com os cidadãos. “Três minutos para se pronunciar é brincadeira”, reclama um morador da cidade, que não quis se identificar. Para ele, a ‘casa do povo’ continua sendo “casa de conchavos e maquinações contra o povo, que não pode se pronunciar diretamente”. Quase que a totalidade da população desconhece esse mecanismo de participação na Câmara.
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