Justiça decreta falência da Itapemirim: relembre polêmicas da empresa.

 Viação Itapemirim e suas subsidiárias tiveram sua falência decretada nesta quarta-feira, 21, pela 1.ª Vara de Falências e Recuperação Judicial do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo. A decisão, proferida pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, atendeu a um pedido da EXM Partners, administradora judicial do grupo. A viação, uma das referências em transporte rodoviário no País, estava em recuperação judicial desde 2016. O negócio foi alvo de diversas polêmicas, incluindo brigas entre sócios e administradores, nos últimos anos.

O imbróglio da Itapemirim também uma briga que tem três protagonistas: o atual dono da Itapemirim, o empresário Sidnei Piva; a EXM Partners, administradora judicial do negócio; e os herdeiros do fundador da companhia. A EXM afirma que a empresa tem deixado de entregar documentos à administradora e também afirmou que Piva foi remunerado em R$ 3,1 milhões em 2020. Já a família do fundador do negócio trava uma longa briga pública com Piva.

Além de tentarem anular a venda da companhia, Camilo Cola e Camilo Cola Filho vêm entrando com uma série de representações por falsidade ideológica contra o comprador. Eles sugerem a existência de pelo menos quatro CPFs distintos ligados a Piva. O caso está sob investigação. Piva já negou a questão da multiplicidade de documentos.

A decisão sobre a falência faz referência a Sidnei Piva. O juiz estabelece também o arresto de bens existentes em conta bancárias da empresa Piva Consulting, de Sidnei Piva, “diante dos indícios de que há confusão patrimonial entre tal sociedade e o grupo empresarial”. O juiz cita suspeitas envolvendo o grupo, tal como as acusações de lavagem de dinheiro. A EXM afirmava que houve o desvio de R$ 45 milhões do negócio principal para as operações da aérea ITA.

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