Inaugurada há 8 anos UTI de hospital em Monteiro não está funcionando.

 



O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) visitou o Hospital e Maternidade Santa Filomena, na Capital do Cariri paraibano, e constatou que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do local, inaugurada em 2013, ainda não está em funcionamento.

A unidade possui seis leitos com respiradores, no entanto, falta a aquisição de outros equipamentos e a contratação de profissionais.

A região do Cariri não possui nenhum hospital com UTI e a cidade de Monteiro, já registrou 2.269 casos de infecção pelo novo Coronavírus e 25 óbitos decorrentes da doença.

No ano passado, o CRM-PB esteve duas vezes no hospital (abril e junho), visitando os médicos e conhecendo as condições de atendimento.

“Nas visitas do programa Médicos Contra o Coronavírus identificamos este problema da UTI, que estava praticamente pronta para receber pacientes, no entanto, estava parada. Encaminhamos nosso relatório à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério Público”, afirma o vice-presidente do CRM-PB, Antônio Henriques. 

O conselheiro, Bruno Leandro de Souza, que também participou das visitas a Monteiro, acrescenta que também em 2020, em reunião na Assembleia Legislativa da Paraíba, o problema da UTI do hospital foi discutido e foi solicitada a inclusão de verba no orçamento de 2021 para contratação de pessoal e reestruturação final da unidade.

“Atualmente, a unidade existe como estrutura física, mas não funciona como UTI. Tem recebido pacientes com casos respiratórios graves que precisam ficar em observação, monitorados e que aguardam transferência para os hospitais de Campina Grande”, disse o conselheiro.

Na visita da última quinta-feira (18), também foi observado que o hospital dispõe de quantitativo suficiente de EPIs, medicamentos, conta com escala médica completa e diretor técnico constituído.

Na unidade, há separação de pacientes covid e não covid e local específico para que os pacientes aguardem a transferência.

“O funcionamento da UTI no momento atual seria importante para receber pacientes com a Covid-19, mas seria também um legado para a região para prestar assistência a pacientes com outras enfermidades”, completa Bruno

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